Saiu na revista da Fapesp... literatura cutuca a razão científica!
Balzac mostra através da literatura como a alquimia ainda resistiu por muito tempo à razão científica moderna.
E a descoberta é de pesquisadoras brasileiras.
Em “O alkahest ou a busca do absoluto”, de A comédia humana, Balzac narra a trágica obsessão de Balthazar Claës, discípulo de Lavoisier, enfurnado em seu laboratório para descobrir o processo de transmutação do carbono em diamantes puros, para tanto abandonando a família e dilapidando sua fortuna em produtos químicos. A história traz uma curiosa “incoerência” ao mostrar um seguidor do pai da química moderna, um digno representante da ciência racionalista, maculando sua reputação em nebulosos saberes medievais, nitidamente alquímicos. Sem querer, Balzac, por meio da ficção, cutucou um nervo ainda hoje sensível para a história da ciência: o saber alquímico e a tradição hermética não foram eliminados tão facilmente pela revolução científica, mas conviveram por longos séculos, de formas diversas e em diferentes níveis.
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